Esquerda Digital

sábado, 16 de julho de 2011

Qual o preço que pagam os paulistas por votarem nos tucanos?

Protesto: motoristas pagam pedágio com moedas de até R$ 0,25
Motoristas protestam e causam lentidão
Foto: Rose Mary de Souza/Especial para Terra
Em protesto contra o valor cobrado nos pedágios de estradas, motoristas pagaram o valor da tarifa com moedas de R$ 0,01 até R$ 0,25 na noite desta sexta-feira no km 123, da rodovia Adhemar de Barros (SP 340), que fica entre Campinas a Jaguariúna. Para sair e retornar aos dois municipios, o motorista desembolsa R$ 9,10 em cada lado da rodovia, um total de R$ 18,20, para um percurso total de menos de 30 km entre as duas cidades.
Mesmo com todas as cabines abertas para o tráfego de veículos e máquinas para a contagem rápida de moedas, a morosidade do trânsito causou filas com pico de cerca de 5 km. A Polícia Rodoviária Estadual e Polícia Militar montaram pontos de fiscalização em todos os acessos entre os municípios.
O protesto começou por volta das 20h, seguido de carreata com "buzinaço" e pessoas com nariz de palhaço. Batizada de "Movimento do Preço Justo do Pedágio", o ato surgiu no começo de mês e ganhou corpo por meio de redes sociais reunindo centenas de automóveis, caminhonetes e caminhões, com cerca de 800 pessoas no total.
A Rodovia SP 340 começa em Campinas no km 100 e tem seu primeiro posto de pedágio no km 123. A estrada é uma das principais vias de acesso para as estâncias climáticas e hidrominerais do Circuito das Águas Paulista como Serra Negra, Águas de Lindóia por exemplo. Também, faz ligação para cidades do sul de Minas Gerais como Andradas, Poços de Caldas e Jacutinga. Segundo a concessionária Renovias, empresa que administra a estrada, por dia passam 40 mil veículos em ambos os sentidos na rodovia na região entre Campinas e Jaguariúna. Em feriados prolongados o movimento salta para 100 mil veículos.
"Durante toda a semana trocamos dinheiro por moedas no comércio e temos o suficiente para aqueles que não conseguiram alcançar e querem aderir ao movimento e pagar os absurdos R$ 9,10 da tarifa ", explicou o músico Renato Moraes, 29 anos, um dos organizadores do protesto. Segundo a funcionária publica Regiane Lacerda, 41 anos, também da organização, o objetivo da manifestação é chamar a atenção das autoridades. "Não somos contra o pedágio, mas queremos pagar um preço justo", salientou.
Segundo eles há uma promessa que está no departamento de estradas do governo estadual de fazer o desmembramento da praça de pedágio com a instalação de outra no km 147. Com isso, explica Regiane, a tarifa cobrada no km 123 cairia pela metade. "Outro assunto que começou a ser discutido, e parece que não foi levado adiante, é a cobrança de pedágio por quilômetro rodado, o que seria bem mais interessante para o usuário que pagaria pelo que rodou."
Desmembramento
O último reajuste autorizado para os pedágio nas rodovias paulistas concessionadas foi em 1º de julho. Na km 123 da SP 340 a tarifa pulou de R$ 8,20 para R$ 9,10. O governo estadual justifica os cálculos baseados em contratos firmados com as empresas das rodovias privatizadas entre 1998 e 2000, os reajustes como base o IGP-M (Índice Geral de Preços ao Mercado), de 9,77%. As tarifas das demais estradas serão reajustadas a partir do IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), 6,55%.
Em reunião com a Renovias, o prefeito de Jaguariúna, Gustavo Reis, solicitou um desconto de 70% no pagamento da tarifa da praça de pedágio do km 123 da SP 340, para os motoristas com os veículos com placa da cidade. "Esse pedágio promove uma cobrança injusta e inadequada aos usuários da rodovia, especialmente aos moradores destas duas cidades, que estão situadas a apenas 18 km de distância", disse o prefeito.
A Renovias esclarece qualquer tipo de desconto é decidido pela Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo). A empresa esclarece que a construção da uma nova praça, no km 147 da SP 340, em Santo Antônio de Posse, que desmembraria o pedágio do km 123, requer a remoção de um gasoduto entre desapropriações de áreas e questões ambientais que continua em estudo.
Extraído do blog: Com Texto Livre

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