Engels nasceu em 1820 em Barmen, que pertencia à Prússia. Oriundo de uma família da burguesia industrial, Engels observa e conhece desde jovem as penosas condições de vida dos trabalhadores, tanto na Alemanha como na Inglaterra. Aos 18 anos optou por abandonar o liceu para empregar-se no comércio de Bremen.
Leia mais:
1945 - Conferência de Yalta pressagia a Guerra Fria
1939: Polônia é dividida entre União Soviética e Alemanha
1943 - Tropas nazistas sufocam o levante do gueto de Varsóvia
1953 - Kruchev é escolhido para o Secretariado do Partido Comunista
Como fruto de sua experiência, chega a posições teóricas e políticas revolucionárias. Engels foi o primeiro a declarar que o proletariado não é só uma classe que sofre, mas que a miserável situação em que se encontra obriga-o a lutar pela sua emancipação. Segundo ele, o movimento político da classe operária levaria os operários à consciência de que não há para eles outra saída senão o socialismo. Estas ideias novas foram expostas na obra de enorme repercussão, escrita em estilo cativante onde abundam os quadros mais impressionantes da miséria do proletariado inglês e consistia numa terrível acusação ao capitalismo e à burguesia .
Ele escreveu, em 1845, A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra. Este livro é sua primeira análise de uma situação histórica, cujas formas de existência e de luta social são explicáveis em virtude das condições econômicas dominantes.
A obra de Engels postula a necessidade de uma transformação radical. E sua atitude intelectual diferencia-se daquela adotada por Karl Marx: enquanto Engels se centra no caráter concreto dos fenômenos, Marx o fará com alto nível de abstração. Porém, da dedicação de ambos à luta política surge o Manifesto do Partido Comunista, de 1848, e A Constituição, dois anos mais tarde, de uma Associação Internacional de Trabalhadores.
Seus estudos de filosofia levaram-no a se aproximar do filósofo Georg W. F. Hegel. A fé de Hegel na razão humana e o princípio fundamental da filosofia hegeliana segundo o qual o mundo é teatro de um processo dialético permanente de mudança e desenvolvimento conduziram os discípulos do filósofo berlinense à ideia de que a luta contra a iniquidade existente e o mal reinante também procede da lei universal do desenvolvimento permanente. A filosofia de Hegel tratava do desenvolvimento do espírito e das ideias, era idealista.
Retomando a ideia hegeliana do processo dialético, Karl Marx e Engels rejeitaram a concepção idealista. Analisando a vida real, viram que não é o desenvolvimento do espírito que explica o da natureza, mas, ao contrário, é necessário explicar o espírito a partir da natureza, da matéria. Partindo de uma concepção materialista do mundo e da humanidade, verificaram que, tal como todos os fenômenos da natureza têm causas materiais, igualmente o desenvolvimento da sociedade é condicionado pelas forças materiais, as forças produtivas. Destas dependem as relações que se estabelecem entre os homens no processo de produção dos bens necessários à satisfação humana e são estas relações que explicam todos os fenômenos da vida social, as aspirações, as ideias e as leis.
Marx e Engels
A aproximação entre Marx e Engels se deu em 1844, quando Engels passava por Paris. Lá conheceu Marx, com quem já se correspondia. Foi aí que os dois escreveram em conjunto A Sagrada Família. O livro continha as bases do socialismo materialista revolucionário.
Ao publicar seu Estudo Crítico sobre a Economia Política contribuiu para que Marx decidisse ocupar-se do estudo da economia política, ciência em que os seus trabalhos iriam operar uma verdadeira revolução.
A revolução de 1848, que rebentou primeiro em França e se propagou aos outros países da Europa ocidental, permitiu a Marx e Engels regressarem à sua pátria. Aí tomaram a direção da Nova Gazeta Renana, folha que se publicava em Colônia. O jornal foi mais tarde proibido. Marx, privado da nacionalidade prussiana, expulso. Quanto a Engels, tomou parte na insurreição popular e, após a derrota dos insurretos, fugiu para Londres.
Marx foi se fixar em Londres e Engels passou a ser sócio da empresa do pai em Manchester. Em 1870, Engels veio morar em Londres, e a vida intelectual conjunta prosseguiu até 1883, data da morte de Marx.
Marx morreu sem ver publicada a totalidade de O Capital. Baseado nos rascunhos deixados por seu amigo, Engels assumiu a pesada tarefa de redigir e publicar os tomos II em 1885 e III em 1894 - não teve tempo de redigir o tomo IV. Estes dois tomos são, com efeito, obra de ambos. Apesar disso, Engels escreveu a um velho amigo: “Ao lado de Marx, fui sempre o segundo violino.” Seu carinho por Marx e a veneração à memória do amigo foram irrestritos.
Após a morte de Marx, Engels, sozinho, continuou a ser o conselheiro e o dirigente dos socialistas da Europa. Todos eles queriam recorrer ao rico tesouro dos conhecimentos e experiência de Engels.
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1945 - Conferência de Yalta pressagia a Guerra Fria
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1953 - Kruchev é escolhido para o Secretariado do Partido Comunista
Como fruto de sua experiência, chega a posições teóricas e políticas revolucionárias. Engels foi o primeiro a declarar que o proletariado não é só uma classe que sofre, mas que a miserável situação em que se encontra obriga-o a lutar pela sua emancipação. Segundo ele, o movimento político da classe operária levaria os operários à consciência de que não há para eles outra saída senão o socialismo. Estas ideias novas foram expostas na obra de enorme repercussão, escrita em estilo cativante onde abundam os quadros mais impressionantes da miséria do proletariado inglês e consistia numa terrível acusação ao capitalismo e à burguesia .
Ele escreveu, em 1845, A Situação da Classe Trabalhadora na Inglaterra. Este livro é sua primeira análise de uma situação histórica, cujas formas de existência e de luta social são explicáveis em virtude das condições econômicas dominantes.
A obra de Engels postula a necessidade de uma transformação radical. E sua atitude intelectual diferencia-se daquela adotada por Karl Marx: enquanto Engels se centra no caráter concreto dos fenômenos, Marx o fará com alto nível de abstração. Porém, da dedicação de ambos à luta política surge o Manifesto do Partido Comunista, de 1848, e A Constituição, dois anos mais tarde, de uma Associação Internacional de Trabalhadores.
Seus estudos de filosofia levaram-no a se aproximar do filósofo Georg W. F. Hegel. A fé de Hegel na razão humana e o princípio fundamental da filosofia hegeliana segundo o qual o mundo é teatro de um processo dialético permanente de mudança e desenvolvimento conduziram os discípulos do filósofo berlinense à ideia de que a luta contra a iniquidade existente e o mal reinante também procede da lei universal do desenvolvimento permanente. A filosofia de Hegel tratava do desenvolvimento do espírito e das ideias, era idealista.
Retomando a ideia hegeliana do processo dialético, Karl Marx e Engels rejeitaram a concepção idealista. Analisando a vida real, viram que não é o desenvolvimento do espírito que explica o da natureza, mas, ao contrário, é necessário explicar o espírito a partir da natureza, da matéria. Partindo de uma concepção materialista do mundo e da humanidade, verificaram que, tal como todos os fenômenos da natureza têm causas materiais, igualmente o desenvolvimento da sociedade é condicionado pelas forças materiais, as forças produtivas. Destas dependem as relações que se estabelecem entre os homens no processo de produção dos bens necessários à satisfação humana e são estas relações que explicam todos os fenômenos da vida social, as aspirações, as ideias e as leis.
Marx e Engels
A aproximação entre Marx e Engels se deu em 1844, quando Engels passava por Paris. Lá conheceu Marx, com quem já se correspondia. Foi aí que os dois escreveram em conjunto A Sagrada Família. O livro continha as bases do socialismo materialista revolucionário.
Ao publicar seu Estudo Crítico sobre a Economia Política contribuiu para que Marx decidisse ocupar-se do estudo da economia política, ciência em que os seus trabalhos iriam operar uma verdadeira revolução.
A revolução de 1848, que rebentou primeiro em França e se propagou aos outros países da Europa ocidental, permitiu a Marx e Engels regressarem à sua pátria. Aí tomaram a direção da Nova Gazeta Renana, folha que se publicava em Colônia. O jornal foi mais tarde proibido. Marx, privado da nacionalidade prussiana, expulso. Quanto a Engels, tomou parte na insurreição popular e, após a derrota dos insurretos, fugiu para Londres.
Marx foi se fixar em Londres e Engels passou a ser sócio da empresa do pai em Manchester. Em 1870, Engels veio morar em Londres, e a vida intelectual conjunta prosseguiu até 1883, data da morte de Marx.
Marx morreu sem ver publicada a totalidade de O Capital. Baseado nos rascunhos deixados por seu amigo, Engels assumiu a pesada tarefa de redigir e publicar os tomos II em 1885 e III em 1894 - não teve tempo de redigir o tomo IV. Estes dois tomos são, com efeito, obra de ambos. Apesar disso, Engels escreveu a um velho amigo: “Ao lado de Marx, fui sempre o segundo violino.” Seu carinho por Marx e a veneração à memória do amigo foram irrestritos.
Após a morte de Marx, Engels, sozinho, continuou a ser o conselheiro e o dirigente dos socialistas da Europa. Todos eles queriam recorrer ao rico tesouro dos conhecimentos e experiência de Engels.
Fonte: Opera Mundi
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