Em mais uma atitude esdrúxula da administração Barack Obama, Cuba foi mantida nesta quinta-feira (18) na famigerada lista de países "patrocinadores do terrorismo", em relatório que o Departamento de Estado divulga uma vez por ano.
"O governo de Cuba foi designado como Estado patrocinador do terrorismo em 1982 e, embora tenha se manifestado publicamente contra o terrorismo e seu financiamento em 2010, não houve evidência de que tenha cortado seus laços" com o terrorismo, reza o informe do regime norte-americano.
A tal lista restringe o acesso dos países relacionados a qualquer tipo de "ajuda econômica", assim como obter benefícios comerciais ou tratados financeiros.
A contradição maior é que os Estados Unidos são o país que abriga – e abrigou – vários terroristas procurados em vários países. O mais famoso, nos dias de hoje, é o terrorista cubano-estadunidense Luis Posada Carriles, que explodiu um avião da empresa aérea Cubana de Aviación em 1976, na costa das Bermudas, matando todos os seus passageiros e tripulantes.
Carriles vive hoje nos Estados Unidos gozando de ampla liberdade, apesar dos reiterados pedidos de extradição solicitados pela Venezuela, local onde planejou e executou alguns dos atos terroristas pelos quais é procurado no país.
Os Estados Unidos forneceram armas e munições aos terroristas que lutaram contra o governo sandinista da Nicarágua, na década de 1980, assim como fornecem armas e munições – e vasta ajuda financeira – ao Estado de Israel, o maior agente terrorista do planeta, que instaurou um verdadeiro campo de concentração na Faixa de Gaza, ao exercer contra um milhão de palestinos um bloqueio econômico e comercial criminoso.
A lista não passa de mais uma ferramente jurídica para perpetuar o bloqueio econômico contra a ilha caribenha – e outras nações anti-imperialistas, como Irã, Sudão, Síria e Coreia do Norte –, destinado a derrubar o sistema socialista e implantar no seu lugar o capitalismo.
Uma das alegações de Washington para perpetuar a medida é que Havana não teria cortado suas ligações com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e ex-membros da organização separatista armada basca ETA "continuam vivendo em Cuba".
O que levanta mais suspeitas da seriedade das supostas informações divulgadas pelo relatório é que, segundo diz a administração americana, elas foram "levantadas pela imprensa".
É preciso ressaltar que vários meios de comunicação são utilizados pelos os orgãos de espionagem norte-americanos para plantar notícias falsas, em todo o mundo, o que retira mais ainda a suposta credibilidade do relatório.
Da Redação, com agências
Fonte: Vermelho
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