Esquerda Digital

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

As despesas dos municípios da Baixada com saúde

Baixada Santista
Despesas municipais com saúde (2010)
Municípios
Recursos (R$ milhões)
Total
População
(Censo 2010)
Recursos (R$)
por hab.
municipais
SUS
Bertioga
39,3
3,2
42,5
47.645
892,01
Cubatão
120,8
19,6
140,4
118.720
1.182,61
Guarujá
78,8
44,8
123,6
290.752
425,10
Itanhaém
20,2
12,2
32,4
87.057
372,17
Mongaguá
17,0
5,0
22,0
46.293
475,23
Peruíbe
24,2
7,8
32,0
59.773
535,36
Praia Grande
72,9
49,3
124,9¹
262.051
476,62
Santos
167,7
90,6
258,3
419.400
615,88
São Vicente
70,4
36,5
106,9
332.445
321,56
BaixadaSantista
611,3
269,0
883,0
1.664.136
530,61
Fonte: Jornal A Tribuna de Santos, 4 out 2011, p. A6, apud Sistema de Informações sobre Orçamentos Públicos em Saúde (Siops) do Ministério da Saúde e prefeituras.
¹ Praia Grande recebeu R$ 2,7 milhões de outras fontes

Em matéria publicada à pág. A6 da edição de hoje de A Tribuna, apresenta-se um quadro do sufoco pelo qual passam os municípios da Baixada Santista, em função do descompasso entre as receitas do SUS e os gastos efetivos com saúde.
Para embasar sua abordagem, o jornalista Sandro Thadeu buscou dados do Ministério da Saúde, referentes ao ano passado, comparando os recursos transferidos pelo SUS e os despendidos pelos próprios municípios.
O imenso buraco é bem ilustrado pela tabela acima, que contém os dados apresentados na matéria, exceto pelas duas últimas colunas da direita, que acrescentei, de forma a possibilitar uma leitura mais clara do quanto cada município de nossa região prioriza o setor.
Fica evidente que Cubatão é de longe o município que mais prioriza a saúde, com quase o dobro dos recursos de Santos. É importante destacar que o município realiza este esforço em grande medida por conta própria, como demonstra a coluna de recursos municipais.
Talvez isto explique a vertiginosa queda da mortalidade infantil que o município conquistou nos últimos anos, enquanto Santos apresentou uma queda mais discreta. Segundo dados de setembro, divulgados pela Fundação Seade, enquanto Cubatão teve taxa de 8,6, em 2011, Santos apresentou taxa de 13,9.
Quando se compara estes dados com os índices de aprovação dos respectivos prefeitos, dá o que pensar.
Extraído do blog Olhar Praiano

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