
quinta-feira, 1 de dezembro de 2011
sexta-feira, 18 de novembro de 2011
Vazamento na Bacia de Campos ocorreu por erro técnico, diz ANP

Um vazamento na extremidade do revestimento de um dos poços perfurados pela Chevron, na Bacia de Campos, provocou o vazamento de óleo, confirmou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima.
Leia mais:
– PF abre inquérito para investigar vazamento de petróleo no RJ
Isso significa que o vazamento ocorreu provavelmente por erro de operação do poço e não por falha natural alheia à responsabilidade da empresa. Lima afirma que serão aplicadas “multas pesadas” pelo acidente, mas os valores só serão definidos depois de controlado o vazamento. Os responsáveis pela plataforma podem ser indiciados pelo crime de poluição e, se condenados, estão sujeitos a penas que variam de 1 a 5 anos de prisão.
“A prioridade é controlar o vazamento. O processo de cementação do poço será feito em quatro etapas. A primeira delas, concluída na quarta-feira, foi um sucesso”, garantiu Lima. A Chevron afirmou que não concluiu a apuração sobre as causas do vazamento e, por isso, não se manifestou sobre as declarações de Lima.
O chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Fábio Scliar, que abriu inquérito para investigar o episódio, diz que vai intimar diretores da Chevron para esclarecer “inconsistências” nas informações prestadas. Em nota, a ANP informa que “imagens submarinas aparentemente indicam a existência de um fluxo residual de vazamento. A mancha de óleo continua se afastando do litoral e se dispersando, como é desejado”.
Vazamento de óleo está na rota de baleias e golfinhos, alerta Minc
O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse que acompanha com preocupação os desdobramentos do vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, norte do estado. A responsabilidade pela exploração da área é da empresa Chevron Brasil Upstream. De acordo com Minc, a região faz parte da rota migratória de baleias, como a jubarte, e golfinhos, que podem ser prejudicados.
“Estamos realmente preocupados. Nesta época do ano, esses animais vêm do norte para o sul em busca de local para reprodução e de um tipo de camarão, do qual eles se alimentam. Além disso, há um fenômeno natural chamado corrente rotor, que é perto da região do acidente e que, como um liquidificador, leva o que chega ali para perto de Arraial do Cabo e de Búzios [municípios do litoral norte do estado do Rio”, explicou ele.
O secretário informou que vai sobrevoar a região nesta sexta-feira (18), em um helicóptero da Marinha, e que três equipes do governo estadual monitoram o litoral norte fluminense para identificar manchas de óleo que possam ter sido trazidas pelas correntes marítimas.
Com informações de O Estado de S. Paulo e Agência Brasil
Do site Sul 21
Standard & Poor"s eleva classificação de crédito do Brasil
"Acho importante o upgrade, nesse momento tão difícil para o mundo", comentou Arminio Fraga, da Gávea Investimentos, e expresidente do Banco Central (BC). Para Fraga, "é um ponto merecido para nós, e espero que contribua para reforçar uma agenda de reformas (econômicas)".
A S&P subiu o rating de longo prazo em moeda estrangeira do país de BBB- para "BBB", segundo nível do chamado" grau de investimento", a partir do qual a avaliação é de que o país mostra poucos riscos de calote. A perspectiva do Brasil, ainda segundo a S&P, é estável.
Segundo a S&P, o "upgrade" (melhora da nota) reflete de fato as políticas econômicas adotadas pelo governo. A agência cita as medidas fiscais rigorosas e a resposta do Banco Central (BC) às pressões inflacionárias.
Ao endurecer a política fiscal para combater a inflação neste ano, o governo alargou "o alcance do uso de ferramentas monetárias para influenciar a economia doméstica", informou a S&P em comunicado.
"Esperamos que o governo persiga políticas fiscal e monetária cautelosas que, combinadas com a resiliência econômica do país, devem moderar o impacto de potenciais choques externos e sustentar as perspectivas de crescimento no longo prazo", acrescentou a S&P.
As agências Fitch eMoody"s já haviam elevado o rating brasileiro para o segundo degrau a partir do grau de investimento.
"No meu modelo, o Brasil tem nota de BBB+. Creio que venham novos upgrades à frente. Elas estão agora apenas reconhecendo o melhor no risco soberano do Brasil, diferente do que temos visto no mundo desenvolvido." O mercado financeiro deu mais atenção à crise internacional do que à decisão da agência, e o Ibovespa caiu 2,68%, para 56.988,90 pontos.
O Ministério da Fazenda, por meio de nota, também comemorou a decisão da S&P. "A decisão da S&P de promover a nota brasileira em um momento delicado da economia internacional é um reconhecimento de que a política econômica encontra-se na direção correta e de que são sólidos os fundamentos macroeconômicos do País Estadao
quarta-feira, 2 de novembro de 2011
Prefeito do PSDB é denunciado por alugar imóveis particulares a município
domingo, 30 de outubro de 2011
A voz do Brasil que nunca teve voz
Por Saul Leblon
Lula completou 66 anos esta semana: a metade deles emprestando a voz rouca e grave à defesa da democracia e da justiça social. Avant la lettre, ele deu voz à 'primavera árabe' brasileira. Mesmo quando lhe faltaram microfones, nas assembléias históricas da Vila Euclides, no ciclo das grandes greves do ABC paulista, nos anos 80, a voz rouca e grave ecoou através de outras vozes para se fazer ouvir em todos os cantos e lares mais humildes do país..
A economia e a sociedade que essa voz ajudou a construir hoje falam por ele. E torcem por ele, na certeza de que ele ainda falará por ela durante muito tempo, como líder político incontestável da grande frente progressista que deu voz a um Brasil que nunca antes teve voz nem vez na política nacional.
Essa força tamanha não vai silenciar. Não apenas porque Lula em breve voltará a expressá-la, mas porque em qualquer tempo, e em qualquer lugar , sempre que interesses de uma elite anti-social e demofóbica ameaçarem as conquistas e anseios dessa gente, haverá quem cante, assovie, murmure ou mencione o refrão que enfeixa um punhado de significados e entendimentos, todos eles imiscíveis com a prepotência e a humilhação que encontrou nesta voz um contraponto de alteridade e hegemonia que as ruas dificilmente esquecerão: 'olê, olê, olê, olá, Lula, Lula...'
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
Internautas criticam governo por “covardia” diante da mídia
Desde a noite de terça-feira, blogs e redes sociais começaram a ser invadidos por onda de revolta contra desfecho da novela Orlando Silva que já se fazia previsível. Todavia, após sucessivas garantias da presidente Dilma, do PC do B e do próprio ministro de que a “presunção de inocência” deste prevaleceria sobre o bombardeio de acusações da mídia, ontem a demissão se concretizou.
Foi a primeira vez, neste ano, que a militância governista na internet não se dividiu como ocorrera em demissões anteriores de ministros, com destaque para a primeira da série de demissões que ocorreria após a queda do ex-chefe da Casa Civil Antonio Palocci, quando a aquela militância rachou praticamente ao meio sobre a permanência dele no cargo.
O apoio a Orlando Silva foi esmagadoramente majoritário entre a militância governista na internet. Há poucos dias, milhares de tuiteiros já haviam levado esse apoio aos Trending Topics do Twitter. Na terça-feira, repúdio a declaração do deputado ACM Neto de que o ministro do Esporte afrontava o país por ter ido a audiência na Câmara ficou entre os cinco temas mais comentados naquela rede social.
Ao ir se materializando a rendição do ministro, do PC do B e do governo à mídia, uma onda de revolta de militantes governistas tomou as caixas de comentários dos grandes portais e blogs corporativos e as dos blogs e sites independentes, além dos comentários no Twitter e no Facebook. O alvo principal do mau-humor digital foi a presidente Dilma, em quem muitos prometeram “nunca mais votar”.
Além do prejuízo político previsível entre a sociedade que a rendição do governo pode gerar, o prolongamento da agonia do agora ex-ministro do Esporte soma-se à patética encenação de autoridade e de independência de um governo que, aos dez meses, parece cansado e sem autoridade, dependurado em bons resultados na economia que, em um momento de crise internacional, podem sumir rapidamente.
Para completar, internautas comentavam às dezenas, ontem, que a nova investida da mídia sobre o Enem sugere que o ministro da Educação, Fernando Hadadad, pré-candidato a prefeito de São Paulo deve ser o próximo alvo da caça midiática a ministros do governo Dilma. O fator eleitoral confere verossimilhança à teoria. Um escândalo nesse ministério enterraria de vez a candidatura de Haddad. A conferir.
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
TV Globo cobra de Veja as provas contra Orlando Silva
O estranhamento de Veja e Globo tem a ver com a artilharia pesada do semanário contra o ministro do Esporte, Orlando Silva, e o PCdoB.
A produção do Jornal Nacional pediu ontem o áudio que Veja recebeu do ex-policial João Dias Ferreira, no qual dialoga com dois assessores do Ministério do Esporte, mas a revista se recusou a fornecer a matéria-prima ao parceiro de PIG (Partido da Imprensa Golpista).
O blog foi atrás e descobriu que Veja não possui diálogos que comprometem o ministro ou os assessores acusados por ela. Pelo contrário. É o policial Dias quem se complica ainda mais. O “herói” da revista já esteve preso por desvio de recursos da pasta e é suspeito de assassinato.
Na fita que está em poder de Veja, o acusador ameaça com um revólver os assessores do Ministério. Por isso a revista não publicou diálogos na reporcagem desta semana.
Como norma padrão, o Jornal Nacional sempre dava destaque às estripulias de Veja com a condição de exclusividade nas “provas” materiais adquiridas. Pela primeira vez a revista não cumpriu o acordo e isso deixou a Globo com muito mau humor.
A direção TV Globo, segundo a mesma fonte, teme que a emissora tenha sido arrastada numa guerra que poderá custar-lhe o pouco de credibilidade (e os pontinhos no Ibope) que tem.
Se a Globo quer saber do áudio secretos de Veja, imagine os comunistas…
O ministro Orlando Silva está rindo à toa da trapalhada. Ele fez a sua parte ao pedir para ser investigado, abrir sigilos bancários e telefônicos, enfim, depor no Congresso Nacional.
O diabo é que a revista Veja se recusa a fazer a parte dela que é bem mais simples: mostrar o áudio coletado clandestinamente pelo policial João Dias.
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Globo e Veja protegem Bruno Covas

Entre outras motivações obscuras, a campanha midiática de linchamento do ministro Orlando Silva tem servido para acobertar as sujeiras dos tucanos em São Paulo. Há três meses, o deputado estadual Roque Barbieri (PTB), da base de apoio do governador Geraldo Alckmin (PSDB), denunciou um esquema criminoso de venda de emendas parlamentares – um típico mensalão.
Bruno Covas, deputado licenciado do PSDB e “escolhido” por Alckmin para disputar a prefeitura da capital paulista em 2012, deu com a língua nos dentes e confessou que o esquema criminoso virou rotina na Assembléia Legislativa de São Paulo. Ele até gravou entrevista revelando que já fora sondado por um prefeito e que recebeu - "mas recusei" - proposta de propina de 10% para bancar uma emenda.Um roubo “hipotético”
Diante do seu “lapso de sinceridade”, a oposição tentou convocá-lo para esclarecimentos na Comissão de Ética da Alesp. O tucano “inexperiente” até tentou desmentir a confissão, dizendo que a declaração era “hipotética”. Só que a entrevista foi gravada e não dava mais negá-la. Mesmo assim, os partidos governistas (PSDB, DEM, PPS e outros) estão sabotando até o seu depoimento na Alesp.
O presidente do Conselho de Ética, o tucano Hélio Nishimoto, sequer enviou o convite aprovado pelos integrantes deste colegiado para que Bruno Covas deponha. Os partidos governistas também têm feito de tudo para abortar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar a venda de emendas. A oposição tenta conseguir mais três assinaturas para criar a CPI.
Privilégios do “protegido” de Alckmin
A situação de Bruno Covas é complicada. Em cinco anos de mandato, o tucano intermediou R$ 14,8 milhões em emendas. O limite anual é de R$ 2 milhões para cada deputado. Qual a razão deste privilégio? Será que Bruno Covas, o “protegido” de Alckmin, foi abordado por outros prefeitos ou empreiteiras corruptas com propostas indecorosas de suborno?
O PSDB, que cinicamente cobra “ética” dos outros partidos, não quer nem ouvir falar do assunto. O caso do “mensalão” na Alesp tem deixado os tucanos apavorados. Daí o forte empenho para abafar o escândalo. Há quase duas décadas no comando de São Paulo, os tucanos já conseguiram sabotar 91 pedidos de criação de Comissões Parlamentares de Inquérito.
O silêncio criminoso da mídia
Neste esforço, os tucanos contam com a inestimável ajuda da mídia venal – que inclusive recebe do governo tucano fortunas em anúncios publicitários. A mídia faz escândalo contra o ministro Orlando Silva, que já prestou depoimentos na Câmara Federal e no Senado, concedeu inúmeras entrevistas e abriu o seu sigilo fiscal e bancário.
Mas ela não cobra absolutamente nada do tucano Bruno Covas – que não dá depoimentos na Alesp, evita entrevistas e se esconde covardemente. A mídia julga, condena e fuzila Orlando Silva, mas protege os tucanos. Não apura qualquer denúncia de corrupção no longo reinado do PSDB em São Paulo. O “mensalão” tucano não é capa da Veja e nem destaque no Fantástico. As famiglias Civita e Marinho são amigas do tucanato!
Pressão das ruas contra as manipulações
Diante da vergonhosa partidarização da mídia, só há um jeito. É preciso intensificar a pressão contra as suas manipulações. Daí a importância da reunião ocorrida na semana passada, que juntou deputados e movimentos sociais. Nela ficou acertado colocar o bloco na rua para exigir a abertura da CPI na Alesp. É preciso colocar os tucanos e sua mídia na defensiva, no seu devido lugar.
terça-feira, 18 de outubro de 2011
Inadmissível: Policial covarde que atacou menina com spray de pimenta foi promovido
- A assombrosa história de Olderico Barreto, homem que encarou o carrasco Fleury
- Crime fardado: o dia em que fui assaltado pela própria polícia
- Torturador de Dilma hoje goza uma vida mansa no Guarujá
- Vítima de racismo e espancado pela polícia: caso Helder Santos
- Página da ROTA elogia golpe militar com consentimento de governo paulista
Vejamente: um panfleto para agitar

O livro que eu não li
Por Izaías Almada
Hoje vou fazer a crítica de um livro que não li, jogando por terra em apenas duas laudas e algumas linhas um dos valores que mais respeito nas relações entre a crítica e o criador de uma obra de arte: o conhecimento da obra e do autor. Portanto, faço uma crítica (e ao mesmo tempo uma autocrítica pela atitude assumida) a uma obra literária em que não conheço o conteúdo e o autor. E faço-o conscientemente por saber que nem o livro em questão e nem a minha crítica têm a menor importância para a maioria dos leitores e dos brasileiros em geral, a não ser – talvez – para os meus amigos e os amigos do autor. E olhe lá! Ainda assim, os neurônios me convidam a ação.
O livro, de 500 páginas, tem o modesto e pretensioso título de O QUE SEI DE LULA. Tomei-o em minhas mãos na livraria e dispus-me a ler a contracapa e a “orelha”, devolvendo-o à estante logo em seguida, antes que a náusea me dominasse. E podem todos ter a certeza de que não sou lulista de carteirinha. Fiquei ali parado por um instante, pensando num dos primeiros aforismos que ouvi na vida, ainda adolescente, e proferido por meu saudoso pai: “É o porco falando do toicinho”.
Muito provavelmente o livro que eu não li possa ser dissecado por um psicólogo ou até mesmo um psiquiatra (nunca se sabe bem sobre essas nuanças), pois é quando personalidades tão díspares se encontram naqueles milhares de fatos e curiosidades que uma pessoa pode falar (no caso escrever) sobre outra.
Outro ditado, também bastante conhecido de escritores e jornalistas é aquele que diz que uma folha de papel em branco aceita qualquer coisa, inclusive essa minha crítica. Fato que pode se tornar mais trágico quando se trata de biografias, quase biografias e/ou autobiografias – autorizadas ou não – envolvendo celebridades.
É fato conhecido até do mundo mineral (como gosta de afirmar o jornalista Mino Carta) que durante o trágico período da escravidão e do tráfico de escravos, que os mais terríveis caçadores de negros nas costas africanas eram muitos dos próprios negros, pois assim, além de obterem vantagens pecuniárias, se livravam eles mesmos de serem capturados e enviados como mercadorias para terras distantes. Oportunistas e traidores de sua própria gente.
Confesso que tripudiar sobre um presidente nordestino, sem curso superior e que deu certo como presidente da república não é tarefa das mais fáceis, mas há sempre quem tente, há sempre alguém à procura dos holofotes da maledicência, sendo que o autor do livro em questão não é o primeiro a tentar. Já ouve quem o fizesse com outro livro e se auto exilou. A propósito, Veneza me lembra um clássico do teatro mundial. O autor da peça parece ter conhecido bem a alma humana.
Para Shakespeare, o homem é, de fato, uma coisa extraordinária. Em uma de suas tragédias, OTELO, o poeta mostra isso à perfeição. Anda por ali um personagem fabuloso, de nome IAGO, envenenando os ouvidos do mouro sobre sua amada DESDEMONA. Tal IAGO é figura interessantíssima, emblemática para os dias que correm.
Como não tenho inveja do ex-presidente LULA e muito menos do autor do livro em questão, sinto-me perfeitamente à vontade para refletir sobre alguns fatos concretos e que mantêm relação direta com o assunto, tais como:
- por qual razão milhares de trabalhadores brasileiros das camadas mais simples da população gostam tanto de LULA?
- por qual razão muitos empresários brasileiros também gostam de LULA?
- por qual motivo o ex-presidente tem recebido tantas homenagens dentro e fora do Brasil?
- por que razão um presidente “semi-analfabeto que se orgulha de não ter estudos”, como alegam seus detratores, criou proporcionalmente no seu governo o maior número de universidades no Brasil?
- Em nome do quê, alguns – vamos admitir – intelectuais, particularmente nos emergentes da classe média paulistana, adoram procurar pretextos para ridicularizar ou desmerecer a figura de Lula da Silva?
Já no alto da contra capa do livro que não li, um filósofo, ou coisa parecida, afirma categoricamente que qualquer um que ler o livro do autor-jornalista verá quem de fato é Lula e como ele vem enganando os trabalhadores e o povo brasileiro há anos.
Nas últimas semanas, estupefata, a mídia servil a interesses antinacionais vem se perguntando como é que lá fora outros países podem dar tantos prêmios e render tantas homenagens a ele, o semianalfabeto? Dá até para perceber a inveja corroendo as tripas dessa gente. Postam-se de manhã em frente ao espelho, com certeza, antes de escovar os dentes, o rosto bem barbeado, a perguntarem-se: como é que pode? Então, eu, que passei anos da minha vida estudando, tenho cursos feitos no exterior, títulos e mais títulos, leio Aristóteles e Hegel no original, falo inglês, não consigo ser homenageado nem em uma reunião de condomínio?
O pior da inveja não é o mal que ela faz ao invejoso, mas – sobretudo – a disseminação de subjetividades longe ou em confronto com a realidade.
Escritores, ainda bem que pouquíssimos, e jornalistas da mídia venal, esses infelizmente em maior número, acusam e condenam sem qualquer tipo de constrangimento. Como o terrível IAGO, essa prática envenena a informação e a cultura brasileiras.
Sugiro ao jornalista que escreveu esse calhamaço sobre Lula para destilar a sua inveja que aproveite o embalo e escreva agora O QUE SEI SOBRE O CABO ANSELMO.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
Marcha Contra Corrupção: Quem São Eles?

A Marcha Contra Corrupção, movimento partidário apoiado pelo PSDB/DEM e amplamente dilvulgado pela Revista Veja, Reinaldo Azevedo, Folha de São Paulo, Estadão etc. é uma verdadeira farsa.
O ótimo relato abaixo, extraído do blog O Que Será Que Me Dá, mostra quem são e contra quem estão agindo os manifestantes da Marcha Contra Corrupção.
O discreto charme dos “Cansados” de São Paulo
Ontem estive na Paulista para tratar de um assunto no SESI e me deparei com aquela turma do “Movimento Cansei” preparando o bloco para “se manisfestar” em frente ao MASP.
Os organizadores dizem que não pertencem a nenhum partido político e, estrategicamente, não se identificam como os ridículos “cansados” de 2007. Mas eram eles, sim. A maioria. Bastava olhar para as roupas, os óculos escuros de grife, os iPhones, Tablets, filmadoras, notebooks… Todos gravando imagens para publicar no Youtube… De apolíticos, havia duas ou três dúzias de crianças e adolescentes misturados a eles. Todos com cara de peixe fora d´agua, curtindo uma onda diferente…
Parei e fiquei observando. Não havia negros ou mulatos. Não havia ninguém que sequer lembrasse um operário. Será que essa gente nunca vai aprender que o Brasil é MUITO maior do que o bairro deles?
Eram umas 300 pessoas divididas em pequenos grupos, cada um deles cuidando do seu “kit-manifestação”. O resto era transeunte ou curioso passeando em dia de feriado ensolarado.
Retoca a faixa aqui, a pintura no rosto ali, muitos cartazes com as palavras de ordem que o PiG repercutiria mais tarde e, claro, alguns repórteres fazendo a cobertura do “grande evento”.
Era bem provável que a maioria dos participantes morasse nas imediações. Afinal, o MASP fica em frente aos bairros classe média alta dos jardins. Será que se deslocariam até a zona leste para fazer essa manifestação “apartidária”? Afinal, como alguns gritavam, “São Paulo é do povo”, “ O povo unido jamais será vencido”. Por que então não se aproximam do POVO da zona leste, das favelas da periferia?
Não sei como foi essa coisa em Brasília. Mas esses aí eu conheço há mais de 40 anos. São aqueles que odeiam povo viajando de avião, nordestino comprando casa em São Paulo através do Minha Casa, Minha Vida, amigos solidários dos covardes agressores de gays e outras minorias e – é bom lembrar bem – são SEPARATISTAS. Usariam o Brasil para eleger Serra e, a partir daí, seu ideal seria “livrar” São Paulo deste mesmo Brasil.
Me aproximei mais e caminhei entre eles tentando encontrar algum rosto conhecido (sim, conheço gente que não vota no PT!). Nada, ninguém conhecido. Uma mulher com um pacote de panfletos na mão e com ares de pertencer à comissão organizadora do evento se aproximou de mim e me deu o folheto. Percebi que ela queria me “enturmar com a galera”…
– Você veio participar da manifestação? – perguntou-me de forma quase maternal.
Embora já soubesse do teor, li rapidamente o conteúdo do panfleto e lá estava o que mais denunciava as verdadeiras intenções dos organizadores:
Um dos itens, colocado como “reivindicação” pedia “cadeia para os mensaleiros”. Quais mensaleiros? Deixa eu adivinhar: aqueles que foram acusados, julgados e condenados pelo PiG em 2005, a partir da denúncia de Roberto Jefferson tão desprovida de provas que o próprio Jefferson viria a negar tudo e chamar sua denúncia de “retórica sem fundamento” em setembro de 2011? Negativa que certamente os “cansados” nem ouviram falar – já que o PiG escondeu? (veja aqui)
– A quais mensaleiros vocês estão se referindo? – provoquei.
– Delúbio, Zé Dirceu… o Congresso Nacional está cheio de corruptos! E como se fosse me contar um segredo ou pronunciar algum palavrão, aproximou-se com intimidade que não lhe concedi em momento algum e sussurrou: “Lula, Dilma”…
Movimento apartidário… sei. A mulher já se preparava para desembuchar argumentos que leu no PiG quando lhe devolvi o panfleto com desprezo. Deixei-a falando sozinha e saí andando. Já estava cansado dos cansados. Ainda pude ouvi-la perguntando: “Você é petista?” Quase voltei para responder: “Por que? Quem não é da sua turma é necessariamente petista?
Saí de lá imaginando os esquemas. A mídia divulga e amplifica. As câmeras da Globo fecham neles preenchendo a tela de gente. Assim, é possível fingir que está lotado e informar qualquer número de presentes. Mas a Globo não vai entrar nessa enquanto não sentir firmeza. Já bastou o mico da bolinha de papel…
Se a coisa engrena e o povão entra junto… Mas pera lá! O mundo está desmoronando em crise financeira e o Brasil na contramão, assobiando uma valsa. Acham mesmo que trarão o povo para as ruas para derrubar a presidenta Dilma? O povo foi às ruas impichar Collor porque o cara simplesmente confiscou a grana de todo mundo. Bem ou mal, nos últimos anos nossa situação (e principalmente do povão) é exatamente oposta.
É claro que muita gente compareceu com a melhor das intenções. Principalmente os mais jovens. É claro também que o governo de São Paulo jamais permitirá que qualquer CPI vá adiante sobre a denúncia do deputado Roque Barbieri – PTB - por exemplo. Ou a do Rodoanel, da Alstom… Sabe-se que centenas de CPIs foram engavetadas nos últimos 20 anos em São Paulo. Mas até quando os golpistas do “Cansei” travestidos de “Marcha contra a corrupção” vão conseguir esconder seu propósito real?
quarta-feira, 5 de outubro de 2011
As despesas dos municípios da Baixada com saúde
Municípios | Recursos (R$ milhões) | Total | População (Censo 2010) | Recursos (R$) por hab. | |
municipais | SUS | ||||
Bertioga | 39,3 | 3,2 | 42,5 | 47.645 | 892,01 |
Cubatão | 120,8 | 19,6 | 140,4 | 118.720 | 1.182,61 |
Guarujá | 78,8 | 44,8 | 123,6 | 290.752 | 425,10 |
Itanhaém | 20,2 | 12,2 | 32,4 | 87.057 | 372,17 |
Mongaguá | 17,0 | 5,0 | 22,0 | 46.293 | 475,23 |
Peruíbe | 24,2 | 7,8 | 32,0 | 59.773 | 535,36 |
Praia Grande | 72,9 | 49,3 | 124,9¹ | 262.051 | 476,62 |
Santos | 167,7 | 90,6 | 258,3 | 419.400 | 615,88 |
São Vicente | 70,4 | 36,5 | 106,9 | 332.445 | 321,56 |
BaixadaSantista | 611,3 | 269,0 | 883,0 | 1.664.136 | 530,61 |
¹ Praia Grande recebeu R$ 2,7 milhões de outras fontes
Em matéria publicada à pág. A6 da edição de hoje de A Tribuna, apresenta-se um quadro do sufoco pelo qual passam os municípios da Baixada Santista, em função do descompasso entre as receitas do SUS e os gastos efetivos com saúde.
Para embasar sua abordagem, o jornalista Sandro Thadeu buscou dados do Ministério da Saúde, referentes ao ano passado, comparando os recursos transferidos pelo SUS e os despendidos pelos próprios municípios.
O imenso buraco é bem ilustrado pela tabela acima, que contém os dados apresentados na matéria, exceto pelas duas últimas colunas da direita, que acrescentei, de forma a possibilitar uma leitura mais clara do quanto cada município de nossa região prioriza o setor.
Fica evidente que Cubatão é de longe o município que mais prioriza a saúde, com quase o dobro dos recursos de Santos. É importante destacar que o município realiza este esforço em grande medida por conta própria, como demonstra a coluna de recursos municipais.
Talvez isto explique a vertiginosa queda da mortalidade infantil que o município conquistou nos últimos anos, enquanto Santos apresentou uma queda mais discreta. Segundo dados de setembro, divulgados pela Fundação Seade, enquanto Cubatão teve taxa de 8,6, em 2011, Santos apresentou taxa de 13,9.
Quando se compara estes dados com os índices de aprovação dos respectivos prefeitos, dá o que pensar.