Um vazamento na extremidade do revestimento de um dos poços perfurados pela Chevron, na Bacia de Campos, provocou o vazamento de óleo, confirmou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima.
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Isso significa que o vazamento ocorreu provavelmente por erro de operação do poço e não por falha natural alheia à responsabilidade da empresa. Lima afirma que serão aplicadas “multas pesadas” pelo acidente, mas os valores só serão definidos depois de controlado o vazamento. Os responsáveis pela plataforma podem ser indiciados pelo crime de poluição e, se condenados, estão sujeitos a penas que variam de 1 a 5 anos de prisão.
“A prioridade é controlar o vazamento. O processo de cementação do poço será feito em quatro etapas. A primeira delas, concluída na quarta-feira, foi um sucesso”, garantiu Lima. A Chevron afirmou que não concluiu a apuração sobre as causas do vazamento e, por isso, não se manifestou sobre as declarações de Lima.
O chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Fábio Scliar, que abriu inquérito para investigar o episódio, diz que vai intimar diretores da Chevron para esclarecer “inconsistências” nas informações prestadas. Em nota, a ANP informa que “imagens submarinas aparentemente indicam a existência de um fluxo residual de vazamento. A mancha de óleo continua se afastando do litoral e se dispersando, como é desejado”.
Vazamento de óleo está na rota de baleias e golfinhos, alerta Minc
O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse que acompanha com preocupação os desdobramentos do vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, norte do estado. A responsabilidade pela exploração da área é da empresa Chevron Brasil Upstream. De acordo com Minc, a região faz parte da rota migratória de baleias, como a jubarte, e golfinhos, que podem ser prejudicados.
“Estamos realmente preocupados. Nesta época do ano, esses animais vêm do norte para o sul em busca de local para reprodução e de um tipo de camarão, do qual eles se alimentam. Além disso, há um fenômeno natural chamado corrente rotor, que é perto da região do acidente e que, como um liquidificador, leva o que chega ali para perto de Arraial do Cabo e de Búzios [municípios do litoral norte do estado do Rio”, explicou ele.
O secretário informou que vai sobrevoar a região nesta sexta-feira (18), em um helicóptero da Marinha, e que três equipes do governo estadual monitoram o litoral norte fluminense para identificar manchas de óleo que possam ter sido trazidas pelas correntes marítimas.
Com informações de O Estado de S. Paulo e Agência Brasil
Do site Sul 21
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