Esquerda Digital

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Vazamento na Bacia de Campos ocorreu por erro técnico, diz ANP


Da Redação

Um vazamento na extremidade do revestimento de um dos poços perfurados pela Chevron, na Bacia de Campos, provocou o vazamento de óleo, confirmou o diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo, Haroldo Lima.
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Isso significa que o vazamento ocorreu provavelmente por erro de operação do poço e não por falha natural alheia à responsabilidade da empresa. Lima afirma que serão aplicadas “multas pesadas” pelo acidente, mas os valores só serão definidos depois de controlado o vazamento. Os responsáveis pela plataforma podem ser indiciados pelo crime de poluição e, se condenados, estão sujeitos a penas que variam de 1 a 5 anos de prisão.
“A prioridade é controlar o vazamento. O processo de cementação do poço será feito em quatro etapas. A primeira delas, concluída na quarta-feira, foi um sucesso”, garantiu Lima. A Chevron afirmou que não concluiu a apuração sobre as causas do vazamento e, por isso, não se manifestou sobre as declarações de Lima.
O chefe da Delegacia de Meio Ambiente e Patrimônio Histórico da Polícia Federal, Fábio Scliar, que abriu inquérito para investigar o episódio, diz que vai intimar diretores da Chevron para esclarecer “inconsistências” nas informações prestadas. Em nota, a ANP informa que “imagens submarinas aparentemente indicam a existência de um fluxo residual de vazamento. A mancha de óleo continua se afastando do litoral e se dispersando, como é desejado”.
Vazamento de óleo está na rota de baleias e golfinhos, alerta Minc
O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse que acompanha com preocupação os desdobramentos do vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, norte do estado. A responsabilidade pela exploração da área é da empresa Chevron Brasil Upstream. De acordo com Minc, a região faz parte da rota migratória de baleias, como a jubarte, e golfinhos, que podem ser prejudicados.
“Estamos realmente preocupados. Nesta época do ano, esses animais vêm do norte para o sul em busca de local para reprodução e de um tipo de camarão, do qual eles se alimentam. Além disso, há um fenômeno natural chamado corrente rotor, que é perto da região do acidente e que, como um liquidificador, leva o que chega ali para perto de Arraial do Cabo e de Búzios [municípios do litoral norte do estado do Rio”, explicou ele.
O secretário informou que vai sobrevoar a região nesta sexta-feira (18), em um helicóptero da Marinha, e que três equipes do governo estadual monitoram o litoral norte fluminense para identificar manchas de óleo que possam ter sido trazidas pelas correntes marítimas.
Com informações de O Estado de S. Paulo e Agência Brasil

Do site Sul 21

Standard & Poor"s eleva classificação de crédito do Brasil

Por Helena

A agência de classificação de risco Standard and Poor"s elevou ontem em um degrau a nota de crédito soberano do Brasil, argumentando que o governo tem demonstrado seu compromisso de atingir as metas fiscais. Em plena deterioração do cenário internacional, por causa da crise europeia, o upgrade (melhora da nota) foi comemorado pelo governo como um endosso da política econômica, e saudado por analistas como um reforço da posição brasileira.

"Acho importante o upgrade, nesse momento tão difícil para o mundo", comentou Arminio Fraga, da Gávea Investimentos, e expresidente do Banco Central (BC). Para Fraga, "é um ponto merecido para nós, e espero que contribua para reforçar uma agenda de reformas (econômicas)".

A S&P subiu o rating de longo prazo em moeda estrangeira do país de BBB- para "BBB", segundo nível do chamado" grau de investimento", a partir do qual a avaliação é de que o país mostra poucos riscos de calote. A perspectiva do Brasil, ainda segundo a S&P, é estável.

Segundo a S&P, o "upgrade" (melhora da nota) reflete de fato as políticas econômicas adotadas pelo governo. A agência cita as medidas fiscais rigorosas e a resposta do Banco Central (BC) às pressões inflacionárias.

Ao endurecer a política fiscal para combater a inflação neste ano, o governo alargou "o alcance do uso de ferramentas monetárias para influenciar a economia doméstica", informou a S&P em comunicado.

"Esperamos que o governo persiga políticas fiscal e monetária cautelosas que, combinadas com a resiliência econômica do país, devem moderar o impacto de potenciais choques externos e sustentar as perspectivas de crescimento no longo prazo", acrescentou a S&P.

As agências Fitch eMoody"s já haviam elevado o rating brasileiro para o segundo degrau a partir do grau de investimento.


A decisão da S&P já era amplamente aguardada por investidores e teve pouco impacto no mercado. "Não é uma surpresa", disse o economista para a América Latina da Brown Brothers Harriman, Win Thin, em Nova York.

"No meu modelo, o Brasil tem nota de BBB+. Creio que venham novos upgrades à frente. Elas estão agora apenas reconhecendo o melhor no risco soberano do Brasil, diferente do que temos visto no mundo desenvolvido." O mercado financeiro deu mais atenção à crise internacional do que à decisão da agência, e o Ibovespa caiu 2,68%, para 56.988,90 pontos.

O Ministério da Fazenda, por meio de nota, também comemorou a decisão da S&P. "A decisão da S&P de promover a nota brasileira em um momento delicado da economia internacional é um reconhecimento de que a política econômica encontra-se na direção correta e de que são sólidos os fundamentos macroeconômicos do País Estadao

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Prefeito do PSDB é denunciado por alugar imóveis particulares a município

O prefeito de Carambeí, na região dos Campos Gerais do Paraná, Osmar Rickli (PSDB), está sendo processado por alugar imóveis particulares para a administração pública municipal. O Ministério Público do Estado entrou com ação civil pública na tarde desta terça-feira acusando-o de improbidade administrativa. Segundo o promotor de Justiça Paulo Conforto, as investigações mostraram que Rickli e sua esposa alugaram para o município o prédio e o estacionamento onde funciona a prefeitura.

O prédio é alugado pela prefeitura desde 2004, o que somaria R$ 824 mil pagos pela cidade a Rickli. A Lei Orgânica do Município proíbe que o prefeito eleito faça negócios com o município desde sua diplomação.

Além de pagar o aluguel ao próprio prefeito, o município ainda teria deixado de fazer o pagamento antecipado da taxa, perdendo por diversas vezes a bonificação prevista em contrato por pagamentos em dia. "E a cada mês que atrasava, a prefeitura pagava R$ 2.112,50 ao prefeito", disse o promotor.

O MP-PR pede à Justiça que Osmar Rickli perca a função pública e que tenha os direitos políticos suspensos pelo período de 8 a 10 anos. Outro pedido da ação é que o prefeito e sua esposa devolvam o valor que teriam recebido do município pelo aluguel dos imóveis.

O ex-prefeito Alci Pedroso de Oliveira, que em 30 de dezembro de 2004 assinou um dos contratos de locação com Rickli, que já havia sido eleito prefeito na época, também está sendo processado pelo Ministério Público. A Promotoria de Justiça considera na ação que ele sabia das restrições legais do negócio.

Por Helena no blog Os Amigos do Presidente Lula